Folha de rosto da edi��o de 1642
do
Leviat� de Hobbes
O LEVIAT�, DE HOBBES
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Apresenta��o
No Leviat� Hobbes (1587-1666) parte do
princ�pio de que os homens s�o ego�stas e que o mundo n�o satisfaz todas
as suas necessidades, defendo por isso que no Estado Natural, sem a
exist�ncia da sociedade civil, h� necessariamente competi��o entre os
homens pela riqueza, seguran�a e gl�ria. A luta que se segue � a �guerra
de todos contra todos�, na c�lebre formula��o de Hobbes, em que por isso
n�o pode haver com�rcio, ind�stria ou civiliza��o, e em que a vida do
homem � �solit�ria, pobre, suja, brutal e curta.� A luta ocorre porque
cada homem persegue racionalmente os seus pr�prios interesses, sem que o
resultado interesse a algu�m.
Como � que se pode terminar com esta situa��o ? A solu��o n�o � apelar � moral e � justi�a, j� que no estado natural estas ideias n�o fazem sentido. O nosso racioc�nio leva-nos a procurar a paz se for poss�vel, e a utilizar todos os meios da guerra se a n�o conseguirmos. Ent�o como � que a paz � conseguida. Somente por meio de um contrato social. Temos que aceitar abandonar a nossa capacidade de atacar os outros em troca do abandono pelos outros do direito de nos atacarem. Utilizando a raz�o para aumentar as nossas possibilidades de sobreviv�ncia, encontr�mos a solu��o. Sabemos que o contrato social resolver� os nossos problemas. A raz�o leva-nos a desejar um tal acordo. Mas como realiz�-lo ? A nossa capacidade de raciocinar diz-nos que n�o podemos aceit�-lo enquanto os outros o n�o fizerem tamb�m. Nem um contrato pr�vio, muito menos a promessa, s�o suficientes para p�r em pr�tica o acordo. � que, baseando-nos no nosso pr�prio interesse, s� manteremos os contratos ou as nossa promessas se for do nosso interesse. Uma promessa que n�o pode ser obrigada a ser cumprida n�o serve para nada. Assim ao realizar o contrato social, temos que estabelecer um mecanismo que o obrigue a ser cumprido. Para o conseguirmos temos de entregar o nosso poder a uma ou a v�rias pessoas que punam quem quebrar o contrato. A esta pessoa ou grupo de pessoas Hobbes chama soberano. Pode ser um ind�viduo, uma assembleia eleita, ou qualquer outra forma de governo. A ess�ncia da soberania consiste unicamente em ter o poder suficiente para manter a paz, punindo aqueles que a quebram. Quando este soberano - o Leviat� do t�tulo - existe , a justi�a passa a ter sentido j� que os acordos e as promessas passam a ser obrigatoriamente cumpridos. A partir deste momento cada membro tem raz�o suficiente para ser justo, j� que o soberano assegura que os que cumprirem os acordos ser�o convenientemente punidos.
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Dedicat�ria | Ao Meu Mui estimado Amigo Sr. Francis Godolphin de Godolphin |
Introdu��o | Introdu��o |
Cap�tulo XVII | Das causas, gera��o e defini��o de um Estado |
Cap�tulo XVIII | Dos direitos dos soberanos por institui��o |
Cap�tulo XIX | Das diversas esp�cies de governo por institui��o e da sucess�o do poder soberano |
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